sábado, 23 de junho de 2012

AFLUENTES POEMÁTICOS - XXII - ACORDAR A DOR DA INOCÊNCIA

A distância não afecta
a fome de ser quem sou
um vulto que se infecta
com a raiva que negou
o vírus que nos detecta
o bobo que nos julgou
sem conhecer o profeta
que nada profetizou.

Acordar a dor da inocência
com a fuga de uma pureza
é vestir a cor da violência
co´a morte velha da beleza.

As farsas do quotidiano
são viveiros de cultura,
nacos do mito ufano
em versos de tortura
e réus de corpo insano
que viajam na tontura
de não verterem o dano
às facas do véu humano.

Ouvir as forcas do ocaso
na virgindade da nascente
é inventar o mortal prazo
à agua de uma semente.

E nada será urgente
no berço da nossa idade
nem a coragem carente
nem a fluência da verdade
roendo o caruncho vidente
que se alarga à vontade
de cobrir o nosso poente
co´o caos da Humanidade.
Centro Cultural de Belém, 29/11/2009 - Jorge Brasil Mesquita. Jorge Manuel Brasil Mesquita. Recriado, em 23 de Junho de 2012, na Biblioteca Nacional, às 14H22.

4 comentários:

  1. Saudações cordiais, Giselle. Grato por mais esta visita e pelo delicado comentário. Bjs

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  2. sempre vc mesmo jorge parabens e te desejo um feliz natal desde ja ok um abraço

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  3. Atrasado, Robinho, mas aqui vai o meu agradecimento pelo comentário e os desejos de um óptimo ano novo.

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