NADA HÁ QUE SE INSIRA
NESTE OLHAR DE GEMIDOS,
NEM A BOCA QUE OS SUSPIRA,
NEM OS PÁSSAROS FERIDOS
QUE ME SUGAM PENSAMENTOS
COM AS REVOLTAS DOS VENTOS.
NESTA URGÊNCIA DE VOAR
P´RA ALÉM DA RESISTÊNCIA
QUE ME ABSORVE O SUAR
E A FEBRE DA INCLEMÊNCIA
HÁ O DRAMA DO PAVIO
QUE PERDEU O SEU ESTIO.
E SE ESTE ERRO PARTILHO
COM AS CORDAS DO DESTINO,
MAL ACENDO O RASTILHO
AOS BELOS SONS DO VIOLINO,
EIS QUE A NEVE DA BROCHURA
ME AFAGA A LONJURA.
PERDIDA A AVE DA DISTÂNCIA
E O SONO DA TRISTEZA
É DESCOBRIR A FRAGRÂNCIA
AOS PUDORES DA INCERTEZA
E ENFEITAR COM DELÍRIOS
O AMOR DOS NOSSOS LÍRIOS.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 29 de Maio de 2012, às 15H29, na Biblioteca Nacional.
Escrito, directamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 29 de Maio de 2012, às 15H30, e, concluído, às 15H59 do dia 29 de Maio de 2012.
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