segunda-feira, 14 de maio de 2012

MANIPULAÇÃO

O tema deste post é a alegria do bisturi cirúrgico aplicado aos textos que se escrevem e aos discursos que proliferam pelas bocas mediáticas. Refiro-me à Arte da Manipulação. Para ela ser compreendida, nada melhor de que uns exemplos simples que o demonstrem. Vejamos, ou, melhor, leia-se esta pequema frase:
"hoje, o Epifânio não vai às aulas, ou, se se preferir, ao emprego".
Apliquemos a Arte do Bisturi manipulador retirando a palavra "hoje". Estamos perante uma nova afirmação, concluindo-se que Epifânio, usualmente, não vai às aulas, ou ao emprego, o que, por certo, lhe trará amargos de boca perante os que o conhecem e os que o desconhecem. Mas não fiquemos por aqui. Regressemos à frase inicial e abdiquemos da palavra "não". Vejamos qual o resultado que o bisturi produziu: "hoje, o Epifânio, vai às aulas ou se se preferir, ao emprego". O resultado é exatamente o mesmo que o anterior, só que a execução manipuladora é realizada sob os auspícios da subtileza. Perante estes factos é fácil concluir o que pode acontecer quando textos escritos de uma certa forma são amplamente manipulados com o objectivo de lhes alterarem o sentido. Exemplos que se inserem neste tipo de manipulação estão os SMSs, os textos lidos ao telemóvel ou os e-mails onde se pode cortar e inserir tudo que esvazie o seu conteúdo inicial. Com estes exemplos simples não pretendo ensinar o padre nosso ao prior, mas, tão somente, chamar a atenção dos que ouvem e lêem, para os sentidos que se emitem entre o emissor e o receptor. Reconheço que escapar à manipulação é muito difícil quando se ignora ou não se procura o original. E, muitos são, os que adoram aplicar o prazer de manipular o que lhes vem parar às montagens dos seus estigmas mentais.
Este é um post cuja intenção não teve outro objectivo senão o de chamar a atenção para a realidade de todos os dias. Quem te avisa, teu amigo é.   
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 12 de Maio de 2012, à noite, em casa por volta das 10H30.
Escrito, diretamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 14 de Maio de 2012, às 13H19, e, concluído, às 14H12 do dia 14 de Maio de 2012.

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