segunda-feira, 14 de maio de 2012

AFLUENTES POEMÁTICOS - VII - MEMÓRIA DO CORPO

ABRO ESTE LIVRO EM BRANCO.
COM PALAVRAS O VISTO
SEM QUE A MODA O TEÇA.
COM PINCEIS DE VIDA O PINTO
SEM AS CORES SOMBRIAS
QUE O SILÊNCIO AFAGA.
A CAPA SÃO ESTES DEDOS
FEITOS DE PALAVRAS MORTAS
A QUE O FOGO DO TEMPO
GERA A ÁGUA DE LUZ
QUE LHE CEGA A SEDE
E LHE MORDE A MORTE
COM OS DEDOS DO VENTO
QUE ACORDAM O ENCANTO
À ESCRITA QUE PERFUMO
CO´O HÁBITO DO ALFABETO
E O DESENHO DA IDADE.
LIVRO QUE FOSTE DESERTO
E, EM CARNE VIVA, CRESCESTE,
COMO POESIA DE PRANTO
QUE SE ESCONDE DO DIA
E FLORESCE À NOITE
MAL A FONTE EMBEBEDA
A MEMÓRIA DO CORPO.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 14 de Maio de 2012, na Biblioteca Nacional, às 17H02.
Escrito, diretamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 14 de Maio de 2012, às 17H03, e, concluído, às 17H30 do dia 14 de Maio de 2012. 

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. é estupidez falar de alguem que não se conhece mais você é um espetáculo.

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