terça-feira, 15 de maio de 2012

CRITICARTE - II - DARK SHADOWS - TIM BURTON

Confesso que a minha resistência se foi abaixo das suas canetas. E confesso, igualmente, que tenho um fraquinho pela filmografia do realizador Tim Burton. Eis a causa da minha fraqueza. Desde que vi, pela primeira vez, "Eduardo Mãos de Tesoura", que poucos dos seus filmes têm escapado à observação cinéfila dos meus olhos. Talvez, não esteja longe da verdade, se afirmar que a maioria dos filmes do realizador são caracterizados por uma espécie de névoa sombria onde personagens e argumentos se movimentam à volta de um fio condutor que envolvem mistérios e espaços de dinamismo poético que nos atraiem como se de fantasias fantasmagóricas se tratassem. Tudo isto vem a propósito do seu último filme "Dark Shadows".  O filme é um carnaval vampiresco e um festival de bruxaria, onde não falta o humor, a fantasia e os desempenhos muito bem conseguidos, antes de mais, de Johnny Depp, até ao de uma Michelle Pfeiffer, no papel de uma dama que se move com elegância entre a sua demoníaca família. A realização superior de Tim Burton manifesta-se no equilibrio perfeito entre os grandes planos de notório humor (veio-me à memória o seu filme "Mars Attacks!) e os ritmos frenéticos das sequências  animalescas, todas elas marcadas pelos seus planos sombrios de que não abdica e que, do meu ponto de vista, são a sua imagem de marca.  Deliciei-me com o filme e com a beleza plástica de um vampiro que, humanamente, é de um cavalheirismo notável, mesmo quanto suga as suas vítimas. A visão do M da McDonald´s e o convívio de Depp com os hippies são de um humor negro notáveis. Não desperdícem este belo filme de Tim Burton. 
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 15 de Maio de 2012, às 14H48, na Biblioteca Nacional.
Escrito, diretamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 15 de Maio de 2012, às 14H49, è, concluído, às 15H20 do dia 15 de Maio de 2012.

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