Esta é a vaga que me trespassa o instinto
e deposita na areia da indiferença
o cartaz colado em um olhar disperso,
anúncio de reticências maduras,
escultura de parasita involuntário
admirada pelo imobilidade do silêncio,
pelo o ecrã de notícias, paramentado
pelas cores da noite,
vestindo-se de insanidades perfumadas,
despindo, ao olhar da nudez,
a fragilidade do riso que estrumo
ao manto diário da passividade.
Descubro no fóssil do sumo que encubro
viagens ao âmago das memórias,
memória que danifico ao tempo
para, em gargalhadas de ouro,
esculpir as rédeas do destino
que galopam, livres,
em prados de amores traquinas,
em palavras de suor
que escrevem nas raízes do tempo
a ociosidade perfeita da morte espantada.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 07 de Maio de 2012, às 15H13.
Escrito, diretamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 07 de Maio de 2012, às 15H14 e, concluído, no dia 07 de Maio de 2012, às 15H41
me ecanto com tanta beleza suas palavra fazem meus olhos se abrirem jorge!
ResponderEliminarGrato pelas suas palavras, Robinho. Desejos de um bom ano.
ResponderEliminarJorge Manuel Brasil Mesquita
28 de Dezembro de 2012.