Abram-se as portas do absurdo! Proclame-se a dinâmica do caótico onde o caótico é a frustação de um formigueiro que absolve a gravata dos molhos psicóticos. Sinalize-se, com dados viciados, os prognósticos analfabetos das ventosas digitais. Reclame-se, em outdoors gigantes, o simbolismo austero da poesia prática. Ensaboe-se os computers da biodiversidade com a ginástica polifónica da vírgula verrinosa. Escrevam soluções poluídas com o timbre majestoso do feixe educacional abstracto. Abram alas à futurologia sintética das sínteses programadas em tablets de alta costura para que os sons astrais vocabulizem a geometria assimétrica. Sofram com a ciência aguda das incongruências indomáveis e descreva-se, com golos aritméticos, a paixão do seu rouxinol decadente. As alegrias serão cascalho grosso nas ruelas dos estribilhos conflituosos. Que se danem as aventuras do posfácio e a boatice dos prefácios entalados entre o virtual gorduroso e as condolências dos séquitos obtusos. Forremos os vitrais dos olhares oblíquos com as folhas ridículas de um apogeu missionário e, sobretudo, aspirem os aromas camuflados das estantes imortais. O absurdo é o instantâneo fotográfico da soma que o quadrado belicoso desintrega para que a vastidão da insensatez seja um produto informático de viroses apoteóticas. O absurdo, este absurdo, é um par ambivalente de lentes progressivas.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Escrito e postado, directamente, no blogue, em 29 de Janeiro de 2013, na Biblioteca Nacional, entre as 14H47 e as 15H22.
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