terça-feira, 19 de junho de 2012

SONETOS - I - HARPAS AMANTES

QUE SE DANE A BILIS DA FERRUGEM,
O CANSAÇO DA VELHICE PRECOCE,
AS VERTIGENS DA IDADE SEM CONSCIÊNCIA
E AS GORDURAS DAS GARGANTAS MUDAS.

QUE SE INVENTE A CLARA MADRUGADA
AO SILÊNCIO DA NOITE MAIS HOSTIL
PARA QUE A CARNE RASGADA COM FEL
SEJA FEBRIL NO ACTO DA VINGANÇA.

QUE AS HORAS, AVES QUE O VENTO ASSOMBRA,
SEJAM O DEDILHAR DE HARPAS AMANTES
E AS SEMENTES DO AMOR FRATERNO

PARA QUE AS SOMBRAS QUE O NEGRO VESTE
SEJAM AS ELOQUÊNCIAS DE QUEM PINTA
OS QUADROS COLORIDOS DA VERDADE.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 19 de Junho de 2012, na Biblioteca Nacional, às 13H50.
Escrito, directamente, no blogue, no dia 19 de Junho de 2012, na Biblioteca Nacional, às 13H51, e, concluído, às 14H22 do dia 19 de Junho de 2012.

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