Levantei voo. Não com as asas do que era, mas com as asas do que sou. Sem asas não há voos e sem voos não há sonhos que se realizem. Por cada passo que dei, construí um Futuro que hoje não passa de um passado; por cada passo que darei, desconheço o Futuro que serei, embora saiba que sinta sobre mim, o voo dos abutres que consideram que eu sou uma presa de facilidades. Haverá sonhos que nunca sonharei, porque sei que a realidade que sou, é um sonho de ninguém e ninguém será o pássaro em que me tornarei com as asas que não se verão porque estes voos incomparáveis sem as asas do que era e do que serei, serão apenas voos de uma liberdade que a expressão não conhece. Serei tempo, vento e memória de todos os voos que voarei, para além de tudo o que é imaginável, simplesmente, porque sou um sonho de asas em pleno voo. Sesimbra, 30/12/2009 - 12h22 - Jorge Brasil Mesquita
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Recriado, em 20 de Junho de 2012, na Biblioteca Nacional, às 13H44.
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