segunda-feira, 4 de junho de 2012

APITOS BOLÍSTICOS - III - SELECÇÃO NACIONAL

A teimosia paga-se cara. Assim aconteceu a Scolari, no Euro de 2004. Felizmente, ele compreendeu o desastre que ia provocar. Não se deve confundir "entrincheirar" com um meio campo compacto. Não se deve desprezar os mecanismos de jogo que Custódio e Hugo Viana trazem do seu clube, o Sporting Clube  de Braga. Um meio campo compacto pode defender com pressing alto, executar transições rápidas e ser, ao mesmo tempo, um tampão de apoio defensivo. Permite, ainda, que Ronaldo e Nani, ou Hugo Almeida, ou Helder Postiga possam deambular pelas alas e pelo centro do terreno, ou seja, terão maior liberdade de movimentos o que torna a sua marcação mais difícil. Permite, ainda, em jogadas combinadas, remates de meia distância e de penetração, mais eficaz, na grande área dos adversários. Este sistema táctico não é "complicadíssimo", bem pelo contrário, é fácil de ser adaptado porque Portugal tem jogadores para tal.  Jogar contra a Alemanha, como se jogou contra a Turquia, é suicídio certo. Que a luz do raciocínio ilumine as decisões do Sr. Paulo Bento é tudo o que lhe desejo. Seguir conselhos alheios, se eles forem concretizáveis, não é contrariar independência de raciocínios, é, antes de mais, revelar inteligência nas apostas estratégicas que se optam. A solidariedade é uma arma, mas, nunca, uma arma de dois gumes. A visão de uma certa lógica futebolística só fica bem, em quem a pratica e quem não faz dela uma arma de desprezo. Que os deuses os protejam, é tudo quanto desejo à Selecção Nacional.   
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 04 de Junho de 2012, na Biblioteca Nacional, às 13H24.
Escrito, directamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 04 de Junho de 2012, às 13H25, e, concluído, às  13H49 do dia 04 de Junho de 2012.

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