sábado, 2 de junho de 2012

AFLUENTES POEMÁTICOS - XX - INOCÊNCIA

ESCREVO EM BRANCO
NO NEGRO DA ARDÓSIA,
MAS PARA SER FRANCO
DESCREVO O SÓSIA
DE UM VALOR
QUE, SEM ARGILA,
É UM AMOR
QUE MODELA A AXILA
DE UM SUOR SEM DOR.
NA DESPIDA FRANQUEZA
DA PROFUNDA MOLÉSTIA
HÁ A INCERTEZA
DE TODA UMA MODÉSTIA
QUE REDUZ 
A VIDA DO GIZ,
QUE A DESCREVE
COMO UMA SÍLABA INFELIZ
E UM VERBO QUE SE ATREVE,
SEM LUZ,
A VERTER UM FADO ERÓTICO
QUE, SEM SER DESPÓTICO,
É UM VINCO SINCERO
NO RIGOR DO PRAZER
QUE, EM TUDO LUTA,
PARA QUE SE APAGUE
AO QUE SE ESCUTA
UM CORPO QUE SE AFAGUE
NO QUADRO NOCTURNO
DA BRANCURA
PARA QUE O GRITO DIURNO
DA FARTURA
SEJA A ESSÊNCIA
DA MÁSCULA INOCÊNCIA.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 02 de Junho de 2012, às 13H14, na Biblioteca Nacional.
Escrito, directamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 02 de Junho de 2012, às 13H15, e, concluído, às 13H45 do dia 02 de Junho de 2012.

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