Não há sorrisos que despontem no poente da vida sem que o sol da noite efabule o silêncio das pupilas. Os remos da coragem são ramos de pranto escondido nos refúgios da mente que saboreia as doçuras dos seus frutos e, delas, recebe as carícias do tempo que engana a Morte com anúncios de Vida. O corpo manifesta o prazer de se sentir, sentindo o que não se sente nos segredos de uma natureza morta. Este seu pincel, que é uma dádiva de cores, besunta-me a pele de cinza com a realidade dos sentimentos que chora a alegria de uma mudez que, em cânticos de pureza, restaura a serenidade das águas que me modelam as mágoas com os assombros de uma aurora redentora. Nascente serei, onde o Poente desfalece.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 28 de Maio de 2012, às 17H48, na Biblioteca Nacional.
Escrito, directamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 28 de Maio de 2012, às 17H49, e, concluído, às 18H17 do dia 28 de Maio de 2012.
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