O amor em que repouso
é silêncio amoroso,
vício que cega o pranto
e afaga com encanto
o sorriso do olhar
que se cheira sem corar,
que sob o luar do cansaço
bebe a flor do seu regaço.
E se o quadro que pinto
for como se um filme fosse,
direi que tudo o que sinto
é um pregão de amor doce.
Este amor de grossas veias
é benção de belas teias
que me saúda a saudade
e escreve na idade
a promessa da ternura
que, sedenta, me procura
p´ra me prender à palavra
que o seduz e em tudo o lavra.
Se esta chama que dói
for drama de palco duro
direi que a vida corrói
o pregão do amor puro,
Mas se o olhar for a voz
que o corpo reconhece,
serei amante e a foz
do pregão que o amor tece.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criada, em 02 de Maio de 2012.
Escrita, diretamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, em 03 de Maio de 2012, às 13H44, e concluída, em 03 de Maio de 2012, às 15H48
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