sexta-feira, 8 de junho de 2012

CANÇÃO - XI - ESTA CANÇÃO QUE ESCREVO

ESTA CANÇÃO QUE ESCREVO
È A KATEMBE QUE BEBO
P´RA ESQUECER O RELEVO
QUE OFEREÇO AO QUE CONCEBO
NO NEVOEIRO DA ILUSÃO
NO RIBEIRO DA POÇÃO

COM QUE UNTO A PELE NUA
E ME APAGA ESSE OLHAR
QUE EM ABRAÇOS DE LUAR
ME BEBE AO CORPO QUE SUA
LAMENTOS DE ODOR
ALENTOS DE AMOR.

ESTES VERSOS QUE VERCEJO
SOBRE AS TECLAS DE UM PIANO
SÃO PALAVRAS QUE DESEJO
SÃO AS LAVRAS DO URBANO
QUE TE BORDA A AURORA
COM A CORDA QUE TE CHORA

E ME AMARRA AO TORMENTO
DE NÃO BEBER O SORRISO
DE NÃO SORVER O PARAÍSO
QUE SE AGARRA AO UNGUENTO
QUE LIBERA A COR
DA QUIMERA EM FLOR.

TODO A TI ME ENTREGO
NESTA CÂMARA SEDENTA
TODO AQUI ME EMPREGO
ACTOR, TÂMARA CIUMENTA
DA BOCA QUE ME REPROVA
E OCA NÃO ME RENOVA

O SENTIDO DE SENTIR
O QUE O CORPO DORMENTE
ESQUECIDO SÓ DESMENTE
SE O OLHAR TEU SORRIR
À PELE QUE TOCA
COM O MEL DA ROCA.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criada, em 08 de Junho de 2012, na Biblioteca Nacional, às 13H14.
Escrita, directamente, no blogue, no dia 08 de Junho de 2012, na Biblioteca Nacional, às 13H16, e, concluída, às 14H50 do dia 08 de Junho de 2012.

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