NÃO HÁ BOCAS QUE RESPIREM PALAVRAS
SEM QUE A MORTE LHES MOSTRE A NUDEZ
DAS PUPILAS QUE CERCAM A MUDEZ
E O SENTIDO DISFORME DAS LAVRAS,
NEM HÁ MEDOS QUE DESCUBRAM CORAGENS
ENTRE PÁGINAS DE SILÊNCIOS VIVOS
QUE DESCREVEM AS ROTAS DAS MIRAGENS
A ESSES CORPOS QUE GEMEM CATIVOS
ENTRE SENTIDOS DE RAIVAS MADURAS
E CAROÇOS DE ÁVIDAS TERNURAS.
DESCONHEÇO A FOME DA ESCRITA
QUE, EM RELÂMPAGOS DE NOITE, LAMBA
A SAUDADE DA VERDADE DESDITA
E INSPIRE A CICUTA DA MAMBA.
NÃO HÁ TEMPO SEM QUE O TEMPO MUDE,
ÀS MUDANÇAS QUE A PELE TRANSPIRA,
AS MELODIAS FUNESTAS DO ALAÚDE,
AS MALDITAS SOMBRAS DO ÓDIO, DA IRA.
DA SINISTRA E DA TRISTE VELA QUE ARDE
RESTA A CHAMA MAIS NEGRA, MAIS PURA
QUE AFAGA, E SE APAGA, COBARDE,
PARA QUE NASÇA A NOITE MAIS ESCURA
À NATUREZA DA HUMANA CURA.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Criado, em 10 de Maio de 2012, na Biblioteca Nacional, às 13H35.
Escrito, diretamente, no blogue, na Biblioteca Nacional, no dia 10 de Maio de 2012, às 13H35, e, concluído, às 14H33 do dia 10 de Maio de 2012.
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